terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Eu - (Florbela Espanca)

"Eu sou a que no mundo anda perdida
Eu sou a que na vida não tem norte
Sou a irmã do sonho, e desta sorte,
Sou a crucificada, a dolorida

Sombra de névoa tênue e esvaecida
E que o destino amargo, triste e forte
Impele brutalmente para a morte
Alma de luto, sempre incompreendida

Sou aquela que passa e ninguém vê
Sou a que chamam triste sem o ser
Sou aquela que chora sem saber porque

Sou talvez a visão que alguém sonhou
Alguém que veio ao munda pra me ver
E que nunca na vida me encontrou."

Florbela Espanca é uma das maiores poetas da literatura portuguesa.

Teve uma vida cheia de amores e decepções, o que lhe rendeu grandes e sensíveis sonetos.Florbela se aproxima um pouco dos simbolistas, mas os estudiosos literários não a atribuem à nenhum movimento; ela não se encaixa em nenhum pois a obra que deixou é única.

Florbela Espanca nasceu em 8 de dezembro de 1894 e suicidou-se em 8 de dezembro de 1930.

4 comentários:

Jullyane Teixeira disse...

Olá linda! Vi que linkou meu blog aqui, fico feliz. Amei o nome com o qual me apeldou "la belle", fico muuuuuito feliz! Parece até que vc sabia que um de meus apelidos de infância é "Belinha", justamente por causa da música "La belle du jour". Incrível.
*Parabéns pela iminente formatura!
Beijos linda!

Jullyane Teixeira disse...

*apelidou

Carla P.S. disse...

Gente..
Pena que ela era impulsiva também..Quem sabe descobriria o grande amor numa fila de supermercado ou tomando um suco numa feira...
Quem saberá quantos livros poderia ainda ter lido, ou quantas paixões vivido?
Quantos cafezinhos ainda teria em mãos?

Um beijo, e um café. ;]

Jullyane Teixeira disse...

Querida, tem presente pra vc lá no meu blog, viu?

Espero que goste!

Beijos e um ótimo fds!